terça-feira, 15 de abril de 2008

História.

Meus alunos,

Está difícil garantir para todas as turmas a sala de vídeo para que possamos fazer o trabalho em cima da exibição do vídeo sobre Cristóvão Colombo, por isso estou mandando este trabalho, que deve ser feito em dupla e me ser entregue até 13/05. Continuarei coma atividade na sala de vídeo, mas desvinculada desta 1ª certificação.
Abraços.

COLÉGIO PEDRO II - UNIDADE SÃO CRISTÓVÃO III

História - 2008 – 1ª Série do Ensino Médio

Prof. Albano Teixeira - Coord. Prof. Paulo Seabra

NOME______________________________________________

NOME______________________________________________Nº_____TURMA_______

TRABALHO COM TEXTOS

“Todo poder, toda autoridade residem na mão do Rei e não pode haver outra autoridade no Reino a não ser a que o Rei aí estabelece... Aquele que deu Reis aos homens quis que os respeitassem como seus lugares-tenentes, reservando apenas a si próprio o direito de examinar sua conduta. Sua vontade é que qualquer um nascido súdito obedeça sem discernimento...”

a) A partir da análise do texto acima, assim como do estudo já feito em sala, podemos afirmar que o texto é defensor do absolutismo? Justifique sua resposta. (0,2)

b) Destaque e desenvolva dois instrumentos necessários à centralização política: (0,2)

“A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de produtos seja para cá transportada.”

(Política para Tomar o Reino da Inglaterra Próspero, Rico e Poderoso, 1549)

c) Destaque e desenvolva dois instrumentos que foram desenvolvidos para tentar se garantir a intenção declarada no texto acima: (0,2)

“Quando descobri as Índias, disse que era o maior repositório de riquezas do mundo. Falei de ouro, pérolas, pedras preciosas, especiarias, com os comércios e as feiras, e como tudo não apareceu com a rapidez esperada, fui alvo de insultos. Essa lição me ensinou agora a falar só no que ouço dos nativos da terra. Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Espanhola (Ilha de São Domingos) em quatro anos, (...) o ouro é excelso; do ouro se faz tesouro, e com ele, quem o tem, faz tudo o que quer neste mundo, a ponto de levar as almas ao paraíso. Os caciques daquelas terras da região de Veragua, quando morrem, são enterrados junto com o ouro que têm; pelo menos é o que dizem.”

(COLOMBO, Cristóvão. Diários da descoberta da América. As quatro viagens e o testamento. Porto Alegre, LP&M, 1991, p. 156)

d) Colombo afirma no texto ter descoberto uma terra. Na verdade descobriu outra. Explique. (0,2)

e) Qual foi a principal riqueza que Colombo identificou nesta terra? Justifique.(0,2)

História.

INDICAÇÕES DOS CAPÍTULOS REFERENTES AO CONTEÚDO VISTO NO 1º TRIMESTRE E QUESTÕES DO LIVRO PARA FIXAÇÃO

Meus alunos,

Procurei organizar os capítulos e as questões de uma maneira que ficasse mais claro para vocês. Digo isto porque alguns assuntos que vimos separadamente aparecem no livro distribuídos em vários capítulos, como , por exemplo, os referentes à centralização política, ou não aparecem claramente e apenas são citados, como o referente ao mercantilismo. Seguem abaixo as orientações de leitura e os exercícios para serem feitos:

Capítulos:

Baixa Idade Média – cap. 6: da página 121 a 123 e da página 129 a 130;

Renascimento – cap. 6: da página 131 a 132;

Reformas – cap. 8: da página 163 a 169;

Expansão Marítima – cap. 7: da página 147 a 152;

Estado Moderno: cap. 9: da página 193 a 195 e cap. 11: da página 223 a 230 (até e inclusive o subtítulo “O calvinismo inglês”).

Exercícios:

Expansão Marítima – página 160 (questões 1 (discursiva), 2, 3, 5 (discursiva), 6, 7;

Página 169 – questão 4;(discursiva)

Página 188 – questão 14;

Página 189 – questão 15.

Estado Moderno – página 169 – questão 1 (discursiva);

Página 232 – questão 1 (discursiva);

Página 245 – questões 3 e 8;

Página 271 – questões 1e 2;

Página 272 – questões 4 e 6.

domingo, 6 de abril de 2008

Sobre reclamações.



Temos duas coisas pra reclamar na direção :
1. a questão do professor de matemática;
2. as aulas de educação física.
nos disseram qe ia chegar professor até o final de março. cadê ? ¬¬
aquela professora de educação física nos pediu pra reclamar e exigir aulas práticas e nós reclamamos junto com a 1101 e a 1111, mas sábado a 1111 teve aula prática e nós não ! do qe adiantou reclamar então ? u.u
amanhã (segunda-feira, 07/04) vamos na direção [a turma inteira ô/] reclamar a respeito disso no tempo vago de matemática. Espero o apoio de todos :)
Beeeijos,
Biah :B

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Texto que será trabalhado na próxima aula de Português.

Consumo, logo existo

Frei Betto *

Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc.A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.

É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.

A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.

Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.

Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?

Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela…

Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.

Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.

Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.

Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói." E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.

Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".

* Frei dominicano. Escritor.

Funções de Linguagem

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Ao realizar um ato de comunicação verbal, o produtor da mensagem escolhe, seleciona as palavras, para depois organizá-las, combiná-las, conforme a sua vontade. E todo esse trabalho de seleção e combinação não é aleatório, não é realizado por acaso, mas está diretamente ligado à intenção do emissor.
Ao elaborarmos uma mensagem, dependendo da nossa intenção, do sentido que quisermos dar a ela, podemos enfatizar um desses fatores, definindo seu caráter. Daí resultam as funções da linguagem.



FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA

É a mais comum das funções da linguagem e centra-se na informação, ou seja, no contexto ou referente. A intenção do emissor de uma mensagem em que predomina essa função é transmitir dados da realidade ao interlocutor de forma direta e objetiva, sem ambigüidades. Essa é a função da linguagem que prevalece em textos dissertativos, técnicos, instrucionais, jornalísticos.
Como está centrada no referente, normalmente há o predomínio da terceira pessoa, com frases estruturadas na ordem direta e linguagem denotativa (a função referencial também é chamada denotativa).



FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA

Quando a intenção do produtor da mensagem é influenciar, envolver, persuadir o destinatário; quando a mensagem se organiza em forma de ordem, chamamento, apelo ou súplica, temos a função conativa da linguagem (também chamada de apelativa).
Para tentar persuadir o destinatário, é preciso, antes de mais nada, falar a língua dele, apelar para exemplos e argumentos significativos em relação a sua classe social, a sua formação cultural, a seus sonhos e desejos. Cada leitor deve ter a sensação de que o texto foi escrito especialmente para ele, como se fosse uma conversa a dois. Observe que conativo significa “relativo ao processo da ação intencional sobre outra pessoa”.
Gramaticalmente, a função conativa se caracteriza pelo emprego de verbos no imperativo e uso de vocativos.
É a função predominante nos textos de propaganda comercial, política ou religiosa.



FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA

Quando a intenção do produtor do texto é posicionar-se em relação ao tema de que está tratando, é expressar seus sentimentos e emoções, o texto resultante é subjetivo, um espelho do ânimo, das emoções, do temperamento do emissor. Nesse caso, temos a função emotiva da linguagem (também chamada de função expressiva).
A estrutura da mensagem centrada no emissor revela-se em algumas marcas gramaticais: verbos e pronomes em primeira pessoa, interjeições, adjetivos valorativos, alguns sinais de pontuação, como as reticências e os pontos de exclamação.
Depoimentos, entrevistas, narrativas de caráter memorialista, diários, críticas subjetivas de cinema, teatro, música e demais manifestações artísticas, entre outras formas, são tipos de texto em que a função emotiva é fundamental.



FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA

Quando a preocupação do emissor está voltada para o próprio código utilizado, ou seja, o código é o tema da mensagem ou é utilizado para explicar o próprio código, temos a função metalingüística ou metalinguagem.
Nos textos verbais, o código é a língua. Quando, numa mensagem verbalizada, usamos a língua para explicar a língua, ocorre metalinguagem. E isso acontece inúmeras vezes em nosso cotidiano: nas conversas informais, ou mesmo durante as aulas, quando questionamos o nosso interlocutor sobre algo que ele nos conta ou nos explica (“Não estou entendendo... o que você quer dizer com isso?”; “Dá para explicar mais uma vez?; etc.), a resposta será, inevitavelmente, um texto metalingüístico. As construções explicativas do tipo “isto é” ou “ou seja” também introduzem textos metalingüísticos.
Por utilizarem palavras para explicar as palavras, também são exercícios metalingüísticos as definições, os dicionários e as gramáticas (em forma de livro ou em aulas expositivas). Durante nossa vida de estudante, é muito comum a utilização da função metalingüística da linguagem: a análise de um texto, por exemplo, é um exercício de metalinguagem.
Em outras palavras (já que o tema é metalinguagem), sempre que a linguagem falar da linguagem, temos metalinguagem. É o que ocorre, por exemplo, quando um filme tem por tema o próprio cinema, uma peça de teatro tem por tema o teatro, um poema discorre sobre o fazer poético, etc. da mesma forma, considera-se metalingüístico todo texto que faz referência a outro texto. Na literatura, são comuns os textos que dialogam com outros textos já consagrados, seja para uma reafirmação das idéias, seja para questionar ou mesmo parodiar o texto anterior.



FUNÇÃO FÁTICA

Em alguns casos, percebe-se que a preocupação do emissor é manter contato com o destinatário, prolongando uma comunicação ou então testando o canal com frases do tipo: “Veja bem” ou “Olha...” ou “Compreende?...” Serve, portanto, para iniciar, prolongar, testar ou terminar a comunicação. Essa preocupação com o contato (o canal) caracteriza a função fática da linguagem.
Um bom exemplo do emprego da função fática são as conversas ao telefone, pontuadas por expressões do tipo “Está me ouvindo?” ou “Sim... sei...” ou “Hum.. hum...”, em que se testa o canal físico (no caso, a linha telefônica).



FUNÇÃO POÉTICA

Quando a intenção do produtor do texto está voltada para a própria mensagem, para uma especial arrumação das palavras, quer na escolha, quer na combinação delas, quer na organização sintática da frase, temos a função poética da linguagem. Ao selecionar e combinar de maneira particular e especial as palavras, o produtor da mensagem busca alguns elementos fundamentais: ritmo, sonoridade, o belo e o inusitado das imagens, valores conotativos, figuras de palavras. Num texto poético você poderá encontrar também as demais funções da linguagem, mas o valor da poesia reside exatamente no trabalho realizado com a própria mensagem.
Importante é perceber que a função poética não é exclusiva da poesia. Pode ser encontrada em textos escritos em prosa, em anúncios publicitários, em slogans, em ditados e provérbios, e mesmo em certas construções de nossa linguagem cotidiana.