domingo, 30 de março de 2008

Exercícios de Português- Funções da Linguagem

EXERCÍCIOS


1. Um jornalista, ao comentar um livro recém-publicado, escreveu: “Não teoriza, não explicita juízos, é econômico nos adjetivos, narra, apenas”.
Com base nesse comentário, podemos afirmar que, no livro analisado, prevalece qual função da linguagem?



2. “Beba Coca-Cola”
Esse famoso slogan, como tantos outros, é uma mensagem muito bem estruturada. Comente as funções da linguagem que predominam na mensagem.

3. Fernando de Barros e Silva, crítico de TV do jornal Folha de S. Paulo, escreveu o seguinte comentário: “A bonequinha da estação do circuito descolado da TV está agora a serviço de mais um programa baixo de auditório. Babi é candidata a musa da função ... na TV (aquela função da linguagem em que não há propriamente transmissão de conteúdos e cujo objetivo é prolongar a comunicação ou interrompê-la, atrair a atenção do destinatário ou verificar sua atenção”. (TVFolha, 9.jan. 2000, p.2)
A qual função da linguagem refere-se o jornalista?



Leia atentamente o texto seguinte e responda às questões de 4 a 12.



TRÊS APITOS



Quando o apito
Da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos,
Eu me lembro de você.
Mas você anda,
Sem dúvida, bem zangada
E está mesmo interessada
Em fingir que não me vê.

Você que atende ao apito
De uma chaminé de barro
Por que não atende ao grito,
Tão aflito,
Da buzina do meu carro?

Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho,
Não faz fé com agasalho,
Nem no frio você crê.
Mas você é mesmo
Artigo que não se imita,
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você.

Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente,
Que dá ordens a você.

Sou do sereno,
Poeta muito soturno,
Vou virar guarda-noturno
E você sabe por quê.
Mas você não sabe
Que, enquanto você faz pano,
Faço junto do piano
Estes versos pra você.



ROSA, Noel. In: Noel Rosa. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 86. Literatura Comentada.



4. Em que pessoa está escrito o texto? Justifique com palavras retiradas do próprio texto.



5. Caracterize a segunda pessoa do discurso.



6. Aponte duas circunstâncias que distanciam o falante da destinatária da mensagem.



7. A prosopopéia (ou personificação) consiste em atribuir características de seres animados a seres inanimados. Aponte uma prosopopéia presente no texto.



8. Podemos afirmar que o texto está centrado exclusivamente na segunda pessoa?



9. Reclame é um galicismo, isto é, uma palavra de origem francesa (réclame), muito empregado na época em que o samba foi composto (1931). Observando o contexto, substitua a palavra reclame por outra, de emprego mais atual.



10. Por que o falante afirma que vai “virar guarda-noturno”?



11. Que funções da linguagem predominam no texto?

Acompanhe o seguinte texto:



OS DOIS NÃO SABIAM INVENTAR ACONTECIMENTOS*



Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus.



Ele: ─ Pois é.
Ela: ─ Pois é o quê?
Ele: ─ Eu só disse pois é!
Ela: ─ Mas “pois é” o quê?
Ele: ─ Melhor mudar de conversa porque você não entende.
Ela: ─ Entender o quê?
Ele: ─ Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já!
Ela: ─ Falar então de quê?
Ele: ─ Por exemplo, de você.
Ela: ─ Eu?!
Ele: ─ Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente.
Ela: ─ Desculpe mas não acho que sou muito gente.
Ele: ─ Mas todo mundo é gente, meu Deus!
Ela: ─ É que não me habituei.
Ele: ─ Não se habituou com quê?
Ela: ─ Ah, não sei explicar.
Ele: ─ E então?
Ela: – Então o quê?
Ele: ─ Olhe, vou embora porque você é impossível!
Ela: ─ É que só sei ser impossível, não sei mais nada. Que é que eu faço para conseguir ser possível?
Ele: ─ Pare de falar porque você só diz besteira! Diga o que é do teu agrado.
Ela: ─ Acho que não sei dizer.
Ele: ─ Não sabe o quê?
Ela: ─ Hein?
Ele: ─ Olhe, até estou suspirando de agonia. Vamos não falar em nada, está bem?
Ela: ─ Sim, está bem, como você quiser.
Ele: ─ É, você não tem solução. Quanto a mim, de tanto me chamarem, eu virei eu. No sertão da Paraíba não há quem não saiba quem é Olímpico. E um dia o mundo todo vai saber de mim.
(...)



* Título adaptado



LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.



1) É possível estabelecer uma relação entre o texto deste episódio de A hora da estrela e seu título?



2) O texto é um diálogo entre duas personagens. Caracterize cada uma delas.



3) No diálogo entre o casal, em vários momentos as falas têm objetivos diferentes. Uma das funções das falas é a de manter a conversação – não há intenção de informar. Dê exemplos disso.



4) Cite uma passagem do texto em que se note que a função da fala é informar.



5) Destaque do texto falas que contenham um apelo (uma mensagem de comando) que influencie o comportamento do outro.



6) O texto é organizado como uma cena teatral. Você concorda com essa afirmação? Justifique.

terça-feira, 25 de março de 2008

Aviso do Prof de Hist.

Em 24/03/08, Albano escreveu:
Alunos das turmas 1105, 2108, 2110 e ma21,
Estou encaminhando a vocês as informações sobre dois dos três trabalhos que iremos realizar neste trimestre e também uma folha com textos sobre mercantilismo que esqueci de anexar ao "kit" do início do ano.
Abraços e beijos.
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FOLHA DO MERCANTILISMO


O MERCANTILISMO (XV A XVIII)

“A comuna medieval legou ao Estado moderno uma sólida tradição de intervenção na vida econômica e social. (...)

Os Estados monárquicos dos séculos XV e XVI encontraram, pois, neste tesouro de experiências e de regulamentos, os primeiros elementos de sua política econômica; numa certa medida, o mercantilismo que começa a se afirmar na França e na Inglaterra na segunda metade do século XV estendeu aos limites das jovens monarquias nacionais as preocupações e as práticas das cidades da idade Média.

(...) Outra antecipação mercantilista: o cuidado de evitar as saídas de numerário e as exportações de ouro e prata. Já em 1381, o Parlamento solicita a opinião dos peritos neste assunto e, sob sua recomendação, os mercadores estrangeiros são obrigados a reinvestir em compras.

(...) Na França, declarações reais renovam esta proibição em 1506, 1540. 1548 e 1574.

(...) Já no início do século XVI, os Reis Católicos estabeleceram, entretanto, todo um sistema de proibições e de monopólios: interdição de exportar o ouro e a prata sob pena de morte, obrigação aos mercadores estrangeiros de fazer seus retornos em mercadorias espanholas, controle das importações de metais preciosos e direito de quinto para o rei, (...).

(DEYON, Pierre. O Mercantilismo. São Paulo, Khronos, 1973, p.14 – 15 – 18 – 45)

“Concordar-se-á facilmente, escreveu em 1664, em que somente a abundância da prata num Estado é que faz a diferença de sua grandeza e de seu poderio”; alguns anos mais tarde, precisa: “Há somente uma mesma quantidade de prata que circula em toda a Europa... não se pode aumentar a prata no reino, sem que ao mesmo tempo se retire a mesma quantidade nos Estados vizinhos”. Pode-se ler ainda no seu memorial de 1670 sobre as finanças: “É preciso aumentar a prata no comércio público atraindo-a dentro do reino, impedindo que ela saia e dando aos homens meios para aproveitá-la...somente o comércio e tudo o que ele depende pode produzir este grande efeito”

(...) é preciso, diz ele, “isentar as entradas das mercadorias que servem às manufaturas do reino, taxar aquelas que permanecem manufaturadas, isentar inteiramente as mercadorias de fora que, tendo pago a entrada, saem, e aliviar os direitos de saída das mercadorias manufaturadas dentro do reino.” Mas a arma essencial desta competição internacional é o desenvolvimento da marinha, a multiplicação das manufaturas e das companhias de comércio, às Colbert devota cuidados atentos. A este respeito ele segue a obra esboçada por Laffemas, Richelieu e Fouquet.

(COLBERT. In: DEYON, Pierre. O Mercantilismo. São Paulo, Khronos, 1973, p.14 – 15 – 18 – 45)

“A apologia do comércio e de seus benefícios constitui um tema banal da literatura econômica dos tempos modernos. Thomas Mun termina em 1622 seu England’s Treasure by foreign trade, de maneira ditirâmbica: ‘o comércio exterior é a riqueza do soberano, a honra do reino, a nobre vocação dos mercadores, nossa subsistência e o emprego de nossos pobres, o melhoramento de nossas terras, a escola de nossos marinheiros, o nervo de nossa guerra, o terror de nossos inimigos.”

(DEYON, Pierre. O Mercantilismo. São Paulo, Khronos, 1973, p.54)

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TRABALHOS:

Colégio Pedro II – UESCIII
Disciplina: História
Prof.: Albano
Turmas: 1105, 1107, 1109, ma21, 2108 e 2110.
TRABALHOS PARA 1ª CERTIFICAÇÃO

- Elaboração de dois cartazes: um cartaz sobre Renascimento e um cartaz sobre Reformas religiosas.

- Tanto num cartaz quanto no outro o conteúdo deverá ser passado através de imagens.

- No cartaz que versará sobre Renascimento deverá constar imagens relativas aos fatores ou motivos que levaram ao processo histórico, as características do mesmo e sua expansão pela Europa.

- No cartaz referente às Reformas deverá constar imagens também referentes aos fatores / motivos do movimento, as características das três igreja tradicionais surgidas no século XVI (luterana, calvinista e anglicana) e também as características da Contra-Reforma católica.

- A pontuação se dará da seguinte forma:

- Cartaz sobre o Renascimento:

- Causas / motivos – 0,2;

- Características – 0,2

- Expansão – 0,2

- Apresentação – 0,4.

- Pontualidade – quem entregar fora do prazo perde metade do ponto.


- Cartaz sobre Reformas:

- Causas / motivos – 0,2;

- Características: Luteranismo (0,1); calvinismo (0,1); anglicanismo (0,1) e Contra-reforma católica (0,1).

- Apresentação – 0,4.

- Pontualidade – igual ao cartaz anterior.

- Trabalho será realizado por grupos de cinco alunos.

- Data da Entrega: 3ª feira, 29/03/08.


Aviso do Prof de Hist.

Em 24/03/08, Albano escreveu:
Alunos das turmas 1105, 2108, 2110 e ma21,
Estou encaminhando a vocês as informações sobre dois dos três trabalhos que iremos realizar neste trimestre e também uma folha com textos sobre mercantilismo que esqueci de anexar ao "kit" do início do ano.
Abraços e beijos.

sábado, 22 de março de 2008

Comunicado do Prof de História.

Em 21/03/08, Albano escreveu:
CAros alunos das turmas de 5 feir,
Para que não nos atrasemos em relação às turmas da terça-feira, em função do feriado da Semana SAnta, eu estou enviando o questionário com as respostas para que vocês possam levantar apenas as dúvidas em relação às mesmas na próxima aula.
Um abraço.

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EXERCÍCIOS: Crise dos séculos XIV e XV, Renascimento e Reforma

“.... Depois de séculos de relativa tranqüilidade, voltavam os grandes inimigos: a guerra, a fome, a peste, a morte. Tudo isso era interpretado como castigo divino aos pecados humanos, como resultado do afastamento dos homens em relação a Deus.”

1 – Diante do exposto acima, explique qual foi o fator principal para que esta crise se estabelecesse na sociedade européia:

A queda na produtividade agrícola, fruto das limitações das técnicas de plantio e equipamentos e das variações climáticas.

2 – Que relação podemos estabelecer entre “a fome, a peste, a morte” mencionadas no texto?

A fome leva à desnutrição , que propicia o desenvolvimento de doenças e consequentemente a elevação da mortalidade.

3 – Que motivos explicam a maior incidência de guerras e revoltas camponesas?

A busca pelos senhores feudais em manter sua riqueza em declínio, fosse retomando ou ocupando outros feudos, fosse tentando superexplorar os servos.

“Giotto foi o primeiro mestre do novo humanismo. Em Giotto, Cristo é realmente o filho do homem. Os acontecimentos da história sagrada tornam-se acontecimentos terrenais, situam-se bem no mundo humano, e não mais no além. Mesmo o suave dourado do halo que circunda a cabeça dos santos já não é um eco dos distintivos de uma hierarquia sobrenatural presente nas velas pinturas: transformou-se numa aura de pura humanidade.” (Ernest Fischer. A necessidade da arte)

4 - Quais são os elementos indicados pelo autor no texto acima que confirmam o pintor Giotto como um renascentista?

O antropocentrismo.

5 – Que fatores explicam que tenha sido nas cidades italianas que este movimento artístico tenha se desenvolvido?

O desenvolvimento comercial e urbano, que levou a formação de uma poderosa burguesia e ao sentimento de orgulho de suas respectivas cidades, a forte presença do passado clássico e o longo contato com o Império Bizantino.

“Rivais dignos dos príncipes, os soberanos pontífices, os cardeais, os bispos (...) apenas se preocupam em apascentar-se ( cuidar, alimentar ) a si próprios, deixam o cuidado do rebanho a Cristo”. (Martinho Lutero)

6 – Esse tipo de crítica referia-se a que característica da Igreja Católica no período da Reforma?

Ao fato do alto clero estar mais preocupado com seus interesses materiais do que com a salvação espiritual de seus fiéis.

7 – Explique qual o fundamento teológico que explica a simplificação do culto , a abolição do celibato, do culto à Virgem e aos santos e demais características do luteranismo:

A concepção de que existe uma relação direta entre Deus e os homens.

8 – Qual as principais distinções entre o luteranismo e o calvinismo?

A questão da salvação (para Lutero se dá pela fé e para Calvino, mais radical, se dá pela predestinação) e a posição em relação ao lucro, a prosperidade econômica.

“Em resposta às críticas formuladas pelos protestantes, que causaram a rápida expansão da nova religião cristã pela Europa, os católicos organizaram o Concílio de Trento. Entre 1545 e 1563, a elite eclesiástica católica tomou diversas resoluções a fim de reformular a Igreja e exercer maior controle sobre a prática de seus fiéis e dos clérigos. Esse processo denominou-se Contra-reforma.”

9 – Comente as resoluções deste Concílio:

Em relação à doutrina, a igreja Católica reafirmou todas as concepções questionadas pelos protestantes, porém não deixou de refletir os questionamentos da época ao abolir a venda das indulgências, criar os seminários, o catecismo e o missal. Abriu uma fase de controle das idéias com o reviramento do Tribunal da Santa inquisição, com a criação do Índex e com a criação da Companhia de Jesus ou da Ordem dos jesuítas.

Comunicado do Prof de Física

Ola pessoal da 1105. Aqui é o Prof. Eduardo, de Fisica.
Infelizmente ainda nao foi possivel colocar os exercicios na pagina da
turma. E nao poderei faze-lo antes da proxima terça-feira.
Tentem se comunicar para obterem os exercicios com os colegas que ja
possuem livro.
Na proxima terça vamos resolver alguns para tirarmos duvidas.
Bom feriado e uma Feliz Pascoa pra todos voces e suas familias!
Abraços.
Prof. Eduardo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Textos de História o/

COLÉGIO PEDRO II - UNIDADE SÃO CRISTÓVÃO III
História - 2008 – 1ª Série do Ensino Médio

Coord. Prof. Paulo Seabra - Prof:. Albano Teixeira


ÁFRICA - SÉCULOS XIII, XIV E XV

“Os Estados e centros urbanos da África Ocidental desenvolveram-se numa escala sem precedentes no século XIII e seguintes. Mais uma vez, o comércio foi fator decisivo e o contato com os mercadores islâmicos do norte da África foi fundamental. De fato, em torno de 1350, pelo menos dois terços da produção mundial de ouro vinham da África Ocidental.

(...) No oeste, o império Mali (ocuparia hoje em dia, mais ou menos, os atuais países da Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Mali) exerceu o controle parcial do Rio Níger e das importantes cidades comerciais ali localizadas. (...) Entretanto, no século XV, a exploração de novas fontes de ouro em Akan (atualmente Gana) ocasionou a reorganização das rotas comerciais para o leste e Mali foi substituído por Songhai( aproximadamente os atuais Mali e Alto Volta). Ao mesmo tempo, e centralizado no lago Chad, nasceu o poderoso estado de Bornu, que incorporou o antigo reino de Kanem (juntos ocupariam atualmente o Chade).

A construção de espetaculares mesquitas, feitas de tijolos de barro, nas principais cidades desses Estados da savana, como as de Jenne e Tombuctu, ilustra a difusão do Islão entre as classes reinantes e dos comerciantes nos séculos XIII e XIV.

Próximo ao fim da Idade Média, enquanto a Europa Ocidental experimentava uma decadência após os estragos da Peste negra e da Guerra dos Cem Anos, os reinos negros do Sudão Ocidental e Central estavam no seu apogeu. Vários reis africanos – Mansa Musa e Sonni Ali, para citar somente dois – eram famosos em todo o Islão e o mundo cristão, devido à sua riqueza, brilho e às criações artísticas dos seus súditos. Ao lado das mesquitas erguiam-se universidades (em Tombuctu e Jenne, por exemplo) que atraíam eruditos e poetas de todas as partes.

Mais ao sul, também ocorreram progressos espetaculares nos séculos XIII, XIV e XV. (...) Fica claro que nasceram vários Estados poderosos cujas riquezas estavam baseadas no ouro de Akan e numa variedade de outros produtos essenciais, noz-de-cola, marfim e escravos. (...) No mesmo Akan, existiam vários Estados pequenos e sabe-se que as cidades de Bono Manso e Begho foram importantes centros políticos. Begho, entre 1400 e 1750, era uma cidade mercado que atuava como centro de coleta de ouro e mantinha estreitos vínculos com o Império Mali, principalmente com a grande cidade comercial de Jenne. (...) No início eram utilizadas as unidades islâmicas de peso na corte do rei Begho, (...) Contudo, ao redor de 1500, os pesos islâmicos foram substituídos pelo padrão europeu, introduzido, pelos mercadores portugueses. (...) A chegada de navios portugueses no litoral africano ocidental transtornou seriamente o comércio tradicional transaariano quando abriu importantes e novos mercados de exportação ao sul.

Na Nigéria, o reino meridional mais importante desse período foi Benin. Fundado no século XI ou XII, estava centralizado na grande cidade de Benin, onde o oba, que era o chefe político e religioso, morava com sua corte. A economia de Benin baseava-se no comercio, principalmente de escravos, primeiro com os reinos da savana do norte e em seguida com os europeus pelo litoral.”

( ATLAS DA HISTÓRIA UNIVERSAL – The Times. O Globo, p. 148 – 9,1995

“O surgimento e a difusão do islamismo deu um grande impulso para a escravidão e o comércio de escravos na metade setentrional da África. O desenvolvimento das cidades-palácios ( Damasco, Bagdá ) e das cidades-guarnições desenvolveu um mercado internacional de escravos de todas as raças.

De qualquer maneira, na África as relações escravistas eram muito variáveis. As situações diferenciadas iam desde a dos escravos que serviam nas casas dos governantes, com as possibilidades de obtenção de promoções e privilégios; passando pelos escravos militares, que podiam desejar a ter seus próprios escravos; pelos escravos que compunham núcleos de famílias camponesas; até a pior situação que era a dos escravos confinados nas fazendas localizadas na vizinhança de alguma residência real. Estes tipos de fazenda parecem ter existido no Império de Mali (séc. XIII e XIV) e no de Songhay que o sucedeu

Outras diferenças eram produzidas a partir das gerações. A maior carga de exploração e castigos recaía sobre a primeira geração escrava, como trabalhar em minas e carregamento de mercadorias. Com o transcorrer das gerações, na prática, adotavam a maioria dos direitos da população livre ( o direito de ir e vir, praticar comércio, acumular propriedades etc.) porém persistia uma situação diferenciada que era evidenciada na proibição de casamento com mulheres livres e a participação em assuntos políticos e judiciais. Vale destacar que a instituição da alforria estava presente no islamismo e era praticado no Norte da África).

Na África Banto Ocidental, o Reino do Congo e seus vizinhos certamente conheceram o regime da escravidão antes dos primeiros contatos com europeus. O Reino do Congo era um estado de conquista formado por colonos de língua congo que dominavam uma parte do povo Mpundu.

Mas o crescimento mais dramático sem dúvida foi o do tráfico atlântico ( para a América ) a partir de meados do séc. XV, em função do volume de escravos alcançado, que acabou superando o volume do tráfico feito através do Saara e o para o Oriente.”

EXERCÍCIOS: Crise dos séculos XIV e XV, Renascimento e Reforma

“.... Depois de séculos de relativa tranqüilidade, voltavam os grandes inimigos: a guerra, a fome, a peste, a morte. Tudo isso era interpretado como castigo divino aos pecados humanos, como resultado do afastamento dos homens em relação a Deus.”

1 – Diante do exposto acima, explique qual foi o fator principal para que esta crise se estabelecesse na sociedade européia:

2 – Que relação podemos estabelecer entre “a fome, a peste, a morte” mencionadas no texto?

3 – Que motivos explicam a maior incidência de guerras e revoltas camponesas?

“Giotto foi o primeiro mestre do novo humanismo. Em Giotto, Cristo é realmente o filho do homem. Os acontecimentos da história sagrada tornam-se acontecimentos terrenais, situam-se bem no mundo humano, e não mais no além. Mesmo o suave dourado do halo que circunda a cabeça dos santos já não é um eco dos distintivos de uma hierarquia sobrenatural presente nas velas pinturas: transformou-se numa aura de pura humanidade.” (Ernest Fischer. A necessidade da arte)

4 - Quais são os elementos indicados pelo autor no texto acima que confirmam o pintor Giotto como um renascentista?

5 – Que fatores explicam que tenha sido nas cidades italianas que este movimento artístico tenha se desenvolvido?

“Rivais dignos dos príncipes, os soberanos pontífices, os cardeais, os bispos (...) apenas se preocupam em apascentar-se ( cuidar, alimentar ) a si próprios, deixam o cuidado do rebanho a Cristo”. (Martinho Lutero)

6 – Esse tipo de crítica referia-se a que característica da Igreja Católica no período da Reforma?

7 – Explique qual o fundamento teológico que explica a simplificação do culto , a abolição do celibato, do culto à Virgem e aos santos e demais características do luteranismo:

8 – Qual as principais distinções entre o luteranismo e o calvinismo?

“Em resposta às críticas formuladas pelos protestantes, que causaram a rápida expansão da nova religião cristã pela Europa, os católicos organizaram o Concílio de Trento. Entre 1545 e 1563, a elite eclesiástica católica tomou diversas resoluções a fim de reformular a Igreja e exercer maior controle sobre a prática de seus fiéis e dos clérigos. Esse processo denominou-se Contra-reforma.”

A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRA - REFORMA CATÓLICA ( séc. XVI)

A crise da mentalidade medieval, decorrente do processo de Renascimento urbano - comercial vivido pela Europa desde a Baixa Idade Média, levou à Reforma religiosa do século XVI.

O comportamento incorreto dos sacerdotes, bispos e até papas, a venda de cargos eclesiásticos e de indulgências pela Igreja romana levaram à sua desmoralização. Os reis, por sua vez, viam no poder da igreja um obstáculo à centralização total do poder em suas mãos. A condenação da prática da usura (empréstimos a juros) e da obtenção do lucro colocou a camada burguesa da sociedade européia em oposição à Igreja.

Apesar de John Wyclif (inglês) e John Huss (checo) proporem algumas mudanças à Igreja, o rompimento da unidade cristã foi inevitável, dando origem ao protestantismo.

O movimento reformista teve início em 1517, quando o religioso alemão Martinho Lutero publicou suas 95 teses contra a Igreja. Lutero estava revoltado com a desmoralização da Igreja e havia se rebelado contra o dominicano João Tetzel, que estava responsável pela venda de indulgências para financiar a construção da Basílica de São Pedro.

Em 1520, Leão X ordenou a sua retratação, sob pena de ser considerado um herege. Lutero queimou em praça pública a ordem papal, sendo excomungado.

A doutrina luterana propunha a simplificação do culto e afirmava que somente a fé é capaz de levar o homem à salvação. Negava a existência dos sete sacramentos, mantendo apenas dois: o batismo e a eucaristia. Não aceitavam o culto à Virgem e aos santos e negavam a existência do purgatório. Adotavam a língua nacional para o culto ao invés do latim e aboliram o celibato (proibição de união ou casamento) dos sacerdotes.

As idéias luteranas espalharam-se rapidamente pela Alemanha. Nobres e camponeses apoiaram Lutero. Os nobres com o interesse sobre as terras da Igreja e no questionamento a autoridade do imperador Carlos V, que era católico e apoiado pelo Papa. Os camponeses desejando escapar da situação de miséria em que viviam.

Parte desses camponeses, conhecidos como anabatistas e comandados por um seguidor de Lutero, chamado Thomas Muntzer, reivindicavam a divisão das terras da Igreja entre os mais pobres. Foram violentamente atacados por Lutero, que passou a apoiar os nobres, os quais organizaram um exército para derrotar os anabatistas, o que conseguiram em 1536.

Somente em 1555 os príncipes alemães ganharam o direito de escolher a religião que desejavam em suas terras, confirmando o triunfo do luteranismo na Alemanha. Essa decisão foi alcançada graças a um acordo assinado entre o imperador católico e os príncipes protestantes, que foi chamado a Paz de Augsburgo.

O francês João Calvino aprofundou a doutrina luterana, afirmando a idéia da predestinação (destino determinado por Deus) e apontando que o sucesso econômico era uma revelação da salvação eterna. Os pastores (ministros do culto) não eram tidos como intermediários entre Deus e os homens, mas simples fiéis, encarregados da pregação e das preces. O calvinismo foi rapidamente aceito por grupos da burguesia por mostrar-se uma doutrina mais próxima dos seus interesses.

As idéias de Calvino logo se espalharam por várias regiões da Europa e fizeram seguidores, além da Suíça, na França, onde eram chamados de huguenotes; na Inglaterra, com o nome de puritanos; na Escócia, como presbiterianos; além da Holanda e Dinamarca.

Na Inglaterra, Henrique VIII rompeu com o papa., baixando o Ato de Supremacia, o que o transformou no chefe da Igreja nacional, chamada anglicana, que só foi consolidada com o governo de sua filha, Elizabete I.

Através do Ato de Supremacia, Henrique VIII pode tomar os mosteiros católicos, incorporar os bens da igreja e divorciar de sua mulher, Catarina de Aragão, que não lhe dera um herdeiro para a Coroa.

A igreja Anglicana manteve muito da hierarquia e do ritual católicos, porém adotou muitos princípios do calvinismo e a adoção do inglês no culto.

A Reforma espalhou-se pela Europa e despertou a reação dos católicos, que deram início à Contra-Reforma.

A criação da Companhia de Jesus, a realização do Concílio de Trento, o fortalecimento da Inquisição e a elaboração do Índex (lista de livros proibidos) constituíram os principais feitos da Igreja romana para combater os protestantes, ao mesmo tempo que resultaram em medidas reformuladoras da Igreja católica.

O Concílio de Trento reafirmou os dogmas e os preceitos do catolicismo, tais como: o livre-arbítrio ( a salvação decorre da combinação da fé com as boas obras do indivíduo); o culto à Virgem e aos santos; a infalibilidade do papa. Proibiu-se a venda de indulgências e determinou-se a criação de seminários, para a melhor formação dos padres; a proibição de venda de cargos religiosos; a criação do catecismo e do missal.

O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES NA SOCIEDADE FEUDAL

O aumento populacional e o aumento da produção, aos quais acrescentamos as novas técnicas, as migrações e a abertura de novas áreas à produção são, no conjunto, de produção feudal, porém são também elementos desestabilizadores.

O mundo rural (a sociedade feudal era fundamentalmente rural) sofreu um impacto de profundas repercussões econômicas, sociais e mentais. A possibilidade de o servo deter um expressivo excedente e poder trocá-lo, chegando até a acumular algumas reservas; a pressão demográfica sobre os mansi (faixas de terra entregues aos camponeses), que pode provocar a emigração de parte da família camponesa; a comunidade aldeã, que, mais numerosa, pode tornar-se mais associativa e mais reivindicativa; a adoção de novas técnicas, bem como a descoberta e uso de novos materiais, tudo isso reflete sobre a mentalidade do homem do campo.

O período que vai do século XI ao século XIII é de crescimento comercial e urbano. O mar Mediterrâneo quase se torna um lago italiano; dos mares Negro e Egeu até o Gibraltar, os barcos mercantes atingem os mais remotos pontos.

Essas cidades e esse comércio não são estranhos à sociedade feudal. Nascem a partir do desenvolvimento das forças produtivas desse modo de produção; porém, à medida que transpuserem certos limites, agirão como solventes, se o feudalismo não estiver suficientemente sólido para resistir a esse impacto.

O aumento populacional esbarra, já partir do século XII, em um desnível entre a demanda (procura) e a oferta de alimentos. Os preços elevam-se, e produtividade decai.

A classe dominante, mobilizando-se para expedições militares (como as Cruzadas), aumentando seu consumo de artigos orientais ou das crescentes manufaturas burguesas e subenfeudando (distribuindo a outros nobres) suas terras, era obrigada a elevar as exigências sobre seu campesinato.

Para agravar mais esses problemas, nos séculos XII e XIII o aumento demográfico trouxe como conseqüência, para algumas regiões, o fracionamento do mansus ou a colocação de duas ou três famílias para explorar o mesmo mansus.

Além das revoltas, a reação do campesinato foi a fuga dos campos. Preferiram engrossar grupos de banidos ou ser vagabundos errantes a ter que se sujeitar à superexploração. Muitos dirigem-se às cidades, ampliando o número de seus habitantes.

A reação da nobreza senhorial não foi uniforme. Em algumas regiões agiram violentamente, perseguindo e capturando os servos fugidos ou reforçando os laços de servidão. Em outras, atenuaram as exigências sobre os servos e, inclusive, substituíram essa relação por contratos individuais ou coletivos, nos quais as partes chegavam a um acordo quanto às obrigações devidas.

O que se conclui é que, em nível econômico, o feudalismo entrara em processo de alterações substanciais. Mesmo a manutenção da servidão, em algumas regiões, só era possível mediante o uso da violência ou de artifícios jurídicos.

Nos séculos XIV e XV, a crise geral do feudalismo daria início ao processo de transição ao capitalismo.

A crise geral

Duas grandes fomes prenunciam a catástrofe: a de 1315-1317 e a de 1346-47. Surgiu um sucessão de doenças (como a desinteria) que em outras circunstâncias não seriam fatais, mas que agora tomam caráter epidêmico e mortífero, à qual se acrescenta a devastadora Peste Negra que se abate sobre várias regiões entre 1347 e 1351. Revoltas camponesas e guerras, como a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), provocam miséria e ruína. O resultado foi um decréscimo populacional na Europa que, em algumas regiões, atingiu 60% e no global chegou a cerca de 40%.

A população não cessava de aumentar, mas a produção de alimentos não acompanhava esse crescimento na mesma proporção.

Ao lado dessa produção decrescente, o aumento das exigências senhoriais fazia com que aos camponeses pouco restasse para satisfazer suas necessidades básicas. A subnutrição era uma constante e o fantasma da fome rondava a Europa.

A partir de 1315-1317, atingida pela conjugação de fome e doenças, a população européia perece. Só na grande peste de 1347-1351 morreram cerca de 25 milhões de pessoas, para um total aproximado de 80 milhões. Os campos foram ficando despovoados. O mato voltou a ocupar o que antes eram terras de cultivo.

A queda brusca da população fez decrescer o preço dos gêneros alimentícios, enquanto, por força da ação das corporações, os preços dos manufaturados urbanos foram mantidos artificialmente elevados. Nas regiões onde ocorreu a escassez de grãos, os mercadores burgueses especulavam com os preços: vendiam a preços elevados o que compravam em áreas produtoras distantes.

Tal quadro de crise leva a ocorrência da transferência de bens e valores da nobreza para a burguesia, ao desfazerem-se de parte de suas terras, cujo valor havia decrescido, ou de suas jóias, as quais vendiam à burguesia.

A destruição de parte das forças produtivas feudais, a maior dependência da nobreza frente à burguesia (não só adquirindo artigos, mas contraindo empréstimos e vendendo ou hipotecando seus bens) e o reforço da servidão (a ponto da exaustão da força de trabalho) dão-nos, parcialmente, o retrato da crise do feudalismo.

A convivência de dois “organismos”: diversos – campo e cidade – e a crise fariam com que a recuperação da economia européia beneficiasse os setores rurais e urbanos mais identificados com as formas de produção burguesa.


O RENASCIMENTO CULTURAL

O Renascimento foi o movimento cultural dos séculos XIV e XVI, expressão das transformações socioeconômicas e políticas da Baixa idade Média européia.

A Itália foi o berço do Renascimento. Isso se deu devido ao desenvolvimento comercial e conseqüente enriquecimento experimentado por aquela região a partir da Baixa Idade Média (XII a XV). Além disso, a Itália foi o local onde o Classicismo (a herança cultural e artística dos gregos e romanos) desapareceu por último, conservando ainda muitas das obras em que se inspirariam os artistas e pensadores renascentistas.

Esse movimento buscava inspiração na Antigüidade Clássica (civilizações grega e romana), procurando assim negar os valores medievais não apropriados com a nova realidade existente na Europa. Para isso o desenvolvimento dos estudos humanistas (busca em compreender a ação humana e em se melhorar como pessoa, a procura pela “habilidade perfeita do homem”, a pesquisa de textos clássicos na busca sua exatidão, a crença na capacidade de melhoria do ser humano através de uma educação e preparação adequadas) em muito contribuiu para construir essa nova forma de expressão artística.

O desenvolvimento comercial e urbano refletiu no desenvolvimento de um sentimento cívico, de orgulho da identidade e riqueza das cidades. Por outro lado, a burguesia enriquecida nesse período, e diversos membros da elite urbana buscavam, ao patrocinar artistas, intelectuais e cientistas (mecenato), valorizar as novas idéias e conquistar prestígio social . o mesmo se dava com relação aos reis que há pouco haviam conseguido estabelecer a centralização política de seus reinos.

Finalmente, o longo contato com o Império Bizantino, herdeiro da tradição e da cultura greco-romana, que ocupou várias regiões da Itália por vários séculos, permitiu o recebimento de influências culturais , que foram mais reforçadas ainda quando da decadência do mesmo e sua queda para os turcos otomanos, pois muitos sábios que lá viviam fugiram para as cidades italianas, levando consigo o pensamento e textos greco-romanos que haviam conservado e desenvolvido.

A cultura do Renascimento tinha como principal característica a negação da ordem medieval, por mais que ela fosse resultante de um longo processo de desenvolvimento artístico e cultural iniciado naquele período. Nesse sentido, o antropocentrismo (o homem como o centro das atenções), o racionalismo, o individualismo aparecem nas obras desse período. Além do mais, são valores marcadamente urbanos, contribuindo, dessa forma, para a afirmação da ideologia (sistema de idéias) burguesa em formação.

Além desses valores, ainda haviam o do otimismo, reflexo da época de conquistas e desenvolvimento que a sociedade européia estava vivendo; do neoplatonismo, que defendia uma unidade essencial entre o mundo material e espiritual com a possibilidade de elevação do homem através de suas ações e da busca de conhecimento até a perfeição espiritual. Havia ainda o hedonismo, o naturalismo e, também, o ideal do centralismo político, presente em obras literárias dessa período, que defendia que só a partir de um governo forte, empreendedor, é que o desenvolvimento econômico poderia se realizar.

Como resultado desses princípios o Renascimento buscou inspiração nos modelos greco-romanos, na valorização da anatomia humana (exposição de corpos nus e seminus, estudos anatômicos), na busca do equilíbrio, da harmonia e da simetria nas construções e obras, no uso da perspectiva e o desenvolvimento das línguas nacionais.

A partir da Itália, o pensamento renascentista espalhou-se para as demais nações européias, particularmente para aquelas que viviam em acentuado processo de desenvolvimento econômico graças à expansão marítima do séc. XV.

O Renascimento entrou em decadência na Itália quando se espalhava pelos demais países europeus. Essa coincidência se deve fundamentalmente à queda econômica das cidades italianas após a expansão marítima portuguesa e espanhola e da Contra-Reforma, que perseguiu violentamente todos os que se opunham aos dogmas e determinações da Igreja católica, chegando a executar alguns humanistas.

Os principais nomes do Renascimento europeu são: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Copérnico, Rafael, Miguel de Cervantes, Luís de Camões, Shakespeare, Maquiavel, entre outros.


TRABALHANDO COM TEXTOS: SOCIEDADES AMERÍNDIAS

“Da dispersão em cidades-Estados independentes e rivais que caracterizou o México central depois da queda do império tolteca, emergiu finalmente (...) a hegemonia de uma delas. Tecnochtitlan, a cidade dos mexicas ou astecas, fundada numa ilha do lago de Texcoco, no Vale do México, em 1325 a . D., (...0 sua posição consolidou com o rei Montezuma I (1440 – 1469 ª D.), cujas conquistas abriram a fase do predomínio asteca, que continuava a se estender sob Montezuma II quando chegaram os espanhóis em 1519. Nesta data, o chamado ‘império’ asteca – na verdade um mosaico de alianças, confederações, relações tributárias, implicando povos numerosos, heterogêneos e imperfeitamente submetidos – era um bloco complexo, pouco coerente e descontínuo (...).

A unidade social básica dos astecas ou mexicas era o calpulli, comunidade residencial com direitos comuns sobre a terra e uma organização interna de tipo administrativo, judiciário, militar e fiscal. Sua interpretação como um clã foi usual no passado, mas não parece correta. (...) No nível político, porém, até o fim o rei (Huey Tlatoani) tinha direitos e funções que oscilavam entre os de um chefe tribal e os de um chefe de Estado, sendo o cargo eletivo numa mesma família.

No apogeu do império , a sociedade asteca era complexa e muito estratificada, com uma nobreza crescentemente hereditária ( tlatoque ), uma nobreza de função de origem militar ( tecuhtli ), comerciantes especializados residentes em Tlatelolco ( pochtecas ou oztomecas ), formando uma corporação especial, artesãos reunidos em organizações profissionais, diversas categorias populares urbanas e rurais, servidores que os espanhóis consideravam ‘escravos’, etc.

As plantas cultivadas eram numerosas, mas a base da alimentação eram o milho, o feijão e a pimenta. Como animais domésticos, havia o peru e o cão; (...) As produções do vale do México se complementavam pelo comércio com as zonas tropicais. A tecnologia agrária, a não ser pela irrigação (canais, chinampas ou ‘ilhas flutuantes’) era primitiva: como no caso dos maias, predominavam os instrumentos de pedra e madeira e a metalurgia teve pouca aplicação prática.”

(CARDOSO , Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo, Brasiliense, 1981, pp. 76 – 78)

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“No vale do Cusco formou-se uma confederação inter-étnica que dominada pelo grupo quíchua ou inca, serviu de primeira base, em fase posterior, à expansão militar que unificou a totalidade da Zona Andina central, com acréscimos externos, no imenso Tawantinsuyu ou Império Inca (...). A expansão imperial inca, (...) foi fase tardia da história andina, estendendo-se somente de 1438 a . D. até a chegada dos espanhóis quase um século depois, em 1531 a . D. (...).

(...) Os valses andinos são estreitos, e os terrenos planos pouco extensos, de modo que a construção de terraços para cultivo e a irrigação por meio de canais (às vezes cortados na pedra) tiveram sob os incas grande desenvolvimento. (...) A base da alimentação eram quatro plantas: a batata, o milho, a quinoa e a oca. 9...) O lhama, além de transporte e lã, fornecia couro e carne, seca ao sol (charque).

(...) o império inca era somente uma espécie de enorme confederação de confederações, organizando em escala nunca vista nos Andes tais operações (prestações de trabalho e redistribuições) e exigindo trabalho nas terras do Inca e do Sol. (...) Nestas condições, o comércio não podia ter grande desenvolvimento, pois a circulação dos bens realizava-se de outra maneira.”

(CARDOSO , Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo, Brasiliense, 1981, pp. 98 – 101)

“No Império, a terra pertencia ao Estado, assim como a maior parte dos rebanhos e das minas. Os camponeses dos ayllus (aldeias) trabalhavam coletivamente a terra. Esta era dividida em propriedades do Estado (Imperador), do Sol(sacerdotes) e da comunidade Ayllu(da aldeia). As terras comunais eram redistribuídas anualmente, pelos funcionários, a cada família, em lotes maiores ou menores, proporcionalmente ao número de membros. As terras do Estado e do clero eram cultivadas por todos os membros do Ayllu, coletivamente, e em primeiro lugar; depois cada família cultivava o seu lote. As colheitas do Estado e do clero eram reunidas em armazéns separados e as reservas do ‘Imperador’ serviam para a manutenção da aristocracia e dos funcionários do Estado, artesãos urbanos, soldados e outros grupos não ligados à terra. A numerosa classe sacerdotal era sustentada pelo excedente agrícola guardado nos seus armazéns.”

(AQUINO, Rubim Santos Leão de. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro, Liv. Eu e Você, 1981. Pp. 36 – 37)


TRABALHANDO COM TEXTOS Estado Moderno (XIV – XVIII)

“Da mesma forma como em todos os regimes fundados na exploração do homem pelo homem, o tempo de equilíbrio e de criação do regime feudal foi de duração limitada. Na Europa, nos séculos XIV e XV, vemos eclodir e prolongar-se uma crise geral da sociedade feudal. Não é a última. Ainda que o declinar do mundo feudal dure relativamente menos tempo que o do mundo antigo, ocupa, não obstante, também vários séculos (XV – XVIII) até o momento em que uma nova classe - a burguesia – persegue conscientemente sua destruição e sua substituição.

No século XIV, torna-se evidente em todos os países da Europa Ocidental que o regime feudal tinha deixado de ser favorável ao desenvolvimento das forças produtivas. Nem a extensão, nem a intensificação da agricultura podem fazer frente ao aumento da população. Os arroteamentos detêm-se, as terras esgotam-se . Fomes terríveis, seguidas de epidemias, afetando sobretudo os mais pobres, sucedem-se com um ritmo bastante rápido. (...) A constituição, por cima da estrutura política feudal, dos primeiros Estados Nacionais provoca guerras terríveis (Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra). Destruições que vão acompanhadas de grandes levantes camponeses (...) Esses fenômenos são bastante gerais (...) em muitos casos são concomitantes. Não são, então circunstâncias locais, mas uma crise de conjunto que os provoca.”

(PARAIN, Charles. Evolução do Sistema Feudal Europeu. In: SANTIAGO, Theo. Capitalismo/Transição. Rio de Janeiro, Eldorado, 1974, pp. 29-33)

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“Para impor o poder da monarquia Nacional e do soberano, foram necessários três recursos. Primeiro, um corpo de funcionários treinados, especializados na arte de governar, obedientes e pagos pelo rei; segundo a criação de uma capital. No feudalismo, o rei não residia num local fixo. Com sua comitiva, andava pelo reino, hospedando-se nos feudos, sendo influenciado e limitado pelos senhores feudais. Agora não. os soberanos habitam regularmente uma cidade, onde também se instalam seus assessores. Algumas capitais, com Paris e Madri, tornaram-se magníficas, com palácios, jardins e teatros. Terceiro, era necessário um exército nacional, pago e fiel ao rei, para impor-se aos nobres e às cidades que não aceitavam perder a autonomia, bem como aos países vizinhos que desrespeitassem o território nacional.”

( adaptado de CÁCERES, Florival; In História Geral. Editora Moderna, p. 197, 1996)

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“Nenhum dos Estados absolutos pôde jamais dispor segundo o livre arbítrio da liberdade e das propriedades fundiárias da nobreza e da burguesia à maneira dos tiranos asiáticos do seu tempo. Nem conseguiram tão pouco levar a cabo a centralização administrativa ou a unificação política. Os particularismos corporativos e as heterogeneidades regionais, herança da época medieval, subsistiram no antigo regime até a sua queda final. De fato a monarquia absoluta no Ocidente foi, portanto, sempre duplamente limitada: pela persistência de corpos políticos tradicionais colocados abaixo dela e pela presença de uma lei moral situada acima. Por outras palavras, a dominação do absolutismo exerceu-se, no fim de contas, necessariamente nos limites da classe cujos interesses ela preservava. No século seguinte, rebentaram violentos conflitos, quando a monarquia empreendeu a tarefa de desmantelar um grande número de prerrogativas habituais da nobreza.”

(ANDERSON, Perry. Classes e Estados: problemas de Periodização. In: HESPANHA, Antônio Manuel. Poder e Instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, p. 133)

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“Três razões fazem ver que este governo é o melhor. A primeira, é que é o mais natural e se perpetua por si próprio... A segunda razão... é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundido com o que tem pela sua família, torna-se-lhe natural...A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais... A inveja, que se tem naturalmente daqueles que estão acima de nós, torna-se aqui em amor e respeito; os próprios grandes obedecem sem repugnância a uma família que sempre viram como superior e à qual não se conhece outra que a possa igualar... O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus...O rei vê mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.”

( BOSSUET, Jacques-Bénigne. Política Tirada da Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e Documentos de História. Lisboa. Plátano Editora. S/d. p. 201 )


EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL

Motivos para a Expansão Ibérica:

“Pela últimas vez, recapitulemos móbeis (objetivos) e motivos, visto que o essencial estava mais no plano das razões que no dos meios.

A terra: procura de terras, para a cana-de-açúcar, móbil burguês, para as ilhas atlânticas; procura de terra em prolongamento da Conquista em Marrocos, móbil aristocrático; procura de um abastecimento de trigo em Marrocos, móbil burguês, móbil princispesco, móbil de Estado.

O ouro: procura apaixonada do ouro, móbil de todos, resposta coletiva a um insuportável desafio que ameaçava desmantelar tudo desde o interior.

Curiosidade ainda, sede de conhecimentos senão de ciência e, progressivamente, com a aventura em marcha, outros motivos mais distantes e mais nobres.

Motivo de cruzada, (...) ao mesmo tempo em que nos meados do século surgia a esperança, com os progressos fundamentais do armamento e da navegação, contra a dura lição da experiência, a esperança e depois a certeza da ligação direta com as índias, a rota cristã das especiarias.

Mas esta segunda etapa pertence à segunda metade do século XV, quando a Península Ibérica reagiu com uma sensibilidade excepcional à angústia coletiva nascida das profundezas, com as notícias inquietantes e confusas dos progressos no leste, na Anatólia e nos Balcãs, da jovem e intransigente potência otomana.”

“(...) A ciência universitária da segunda metade do século XIII possuía todos os dados necessários à navegação astronômica, tal como se praticaria desde o século XV até a introdução do cronômetro, no fim do século XVIII.

Coube ao século XIII o mérito da difusão da bússola no Ocidente. ‘A bússola de agulha imantada é conhecida na China, no fim do século XI (1089-1093)’. De início, foi um instrumento de uso religioso. Uma primeira utilização com o fim de navegação foi atestada em 1122. ‘Nos século XII e XIII, se uso se generaliza nos mares da Ásia oriental e meridional. Os árabes a conheceram em 1242.’ Foi usada pela primeira vez na Europa em torno de 1190.”

(...) Quanto ao astrolábio, este maravilhoso instrumento conhecido desde o século XII ao menos pela ciência universitária, quase não foi empregado pelos marinheiros (e não o foi necessariamente no mar) antes do século XV. Todo este material intelectual da descoberta foi o produto da fantástica mudança intelectual da confluência dos séculos XII e XIII.”

“(...) O astrolábio serve a bordo dos primeiros navios portugueses, ao longo das costas da África, por volta de 1480, e se generaliza na ‘Carrera de Indias’ em torno de 1530.”

“Foi necessário, então, forjar o instrumento especial das grandes descobertas, a caravela. Esta jóia ibérica, esboçada no início do século XV, atinge seu ponto de perfeição no começo do século XVI. Não é indiferente que tenha nascido na costa atlântica da Península Ibérica, no ponto de interseção das técnicas do Norte (as técnicas do navio redondo, pesado, robusto, e de grande capacidade) e das do Mediterrâneo, domínio do navio longo, de classe, de casco liso, caro, porém hábil para a manobra.”

(CHAUNU, Pierre. Expansão européia do século XIII ao XV. São Paulo, Pioneira, 1978, p. 70-71,89, 220 e235)

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“O período compreendido entre 1400 e 1600 foi assim uma época de reconhecimento e exploração dos oceanos, de abertura de novas rotas comerciais e de início dos impérios ultramarinos. Depois de 1600, sobretudo sob o comando dos Holandeses e Ingleses, a exploração marítima perdeu importância perante a consolidação das rotas comerciais já estabelecidas e o desenvolvimento de outras. Além do ouro e das especiarias, que tinham atraído os portugueses nas suas caravelas para além dos mares tempestuosos do cabo Bojador, vinha agora juntar-se um novo comércio de escravos, açúcar, prata, tecidos de algodão, café e chá, que acabou por se impor. A riqueza assim obtida do comércio ultramarino serviu para financiar ou acelerar a construção de impérios nas Américas e na Ásia. Contribuiu, também, de forma direta ou indireta, para o posterior desenvolvimento do capitalismo, e da revolução industrial e para o surgimento do imperialismo ocidental dos séculos XIX e XX, que se estendeu a todos os pontos do mundo habitado”

(ARNOLD, David. A Época dos Descobrimentos. Lisboa, Gradiva, s/d, pg. 76)


TRABALHANDO COM TEXTOS: Reformas Religiosas (XVI)

“Os comissários e subcomissários encarregados de pregar as indulgências não fazem nunca outra coisa senão elogiar as suas virtudes ao povo e provocá-lo para que as comprem. Nunca explicam para o seu auditório o que é, na verdade, a indulgência, a que se aplica e quais são seus efeitos. Pouco lhes importa que os cristãos enganados imaginem que, ao comprar um pedaço de pergaminho, estejam salvos.”

(Martinho Lutero. Citado por: LUIZETTO, Flávio. Reformas religiosas. São Paulo, Contexto, 1985, pp. 36 e 40)

“O comércio é sem dúvida a maior infelicidade da nação alemã. (...) Ele foi inventado pelo diabo e aprovado pelo papa” (Lutero)

“Aqueles do gênero humano que estão predestinados à vida eterna, foram escolhidos para a glória com Cristo por Deus, antes de efetuada a criação do mundo, segundo sua finalidade eterna e imutável, e secreta deliberação e arbítrio de sua vontade, por manifestação de sua livre graça e amor, sem qualquer previsão de fé ou boas obras, ou de perseverança em ambas, ou qualquer outra coisa na criatura como condições ou causas que o levassem a isso, e tudo para louvor de sua gloriosa graça”. (João Calvino)

“Se um homem muito rico e empreendedor, pretendendo comprar uma boa fazenda, leva emprestada de um vizinho uma parte do capital, por que razão aquele que empresta não poderá tirar algum lucro do rendimento, até que haja recebido o dinheiro de volta?” (Calvino)

“A Contra-Reforma não pode ser separada da história política do início da Europa moderna, especialmente com o acentuar da autoridade dos estados nacionais e territoriais. Nos séculos XVI e XVII, os governantes pretendiam aumentar a sua autoridade sobre a Igreja, tanto católica como protestante, dentro de seus estados. Isto representava uma maior diminuição da autoridade do papa sobre a igreja católica internacional e sobre os estados da Europa; o papado poderá ter consolidado o seu papel espiritual dentro da Igreja, mas deveria ter sido uma instituição demasiado afastada para poder agir como foco carismático sobre a massa dos católicos europeus (...).

No que se refere às práticas espúrias da idade Média, como a comercialização das indulgências que provocara a ira de Martinho Lutero, a Igreja da Contra-Reforma voltou-lhes firmemente as costas. Essas práticas eram mecânicas, isto é, baseavam-se num cumprimento formal dos ritos e rotinas para a santificação e salvação de cada pessoa. (...)

Assim, a Contra-Reforma foi um movimento religioso que afetou a história cultural e política da Europa do início da idade moderna e foi por ela afetado.

(MULLETT, Michael. A Contra-Reforma. Lisboa, Gradiva, s/d., pp. 65-6)


TRABALHANDO COM TEXTOS: Renascimento (XIV – XVI)

“O movimento mais característico do Renascimento foi o humanismo, um programa educacional baseado no estudo da antiga literatura grega e romana. A atitude humanista para com a Antigüidade diferia da dos estudiosos da Idade Média. Enquanto estes buscavam adaptar o conhecimento clássico (grego e romano) a uma concepção cristã do mundo, os humanistas do Renascimento valorizavam a literatura antiga por ela própria - por seu estilo claro e elegante, pela sua percepção da natureza humana. Com os clássicos da Antigüidade, os humanistas esperavam aprender o muito que não lhes ensinavam os escritos medievais - especialmente, por exemplo, aprender a viver bem neste mundo e a desempenhar os deveres como cidadãos. Para os humanistas, eram os clássicos um guia para a felicidade e para a vida ativa. Para se tornarem cultos, para aprenderem a arte de escrever, do falar e do viver, era necessário conhecer os clássicos. Ao contrário dos filósofos medievais, que usavam a filosofia grega para provar a verdade das doutrinas cristãs, os humanistas italianos usavam o conhecimento clássico para alimentar o seu novo interesse pela vida terrena.”

(adaptado PERRY, Marvin. Civilização ocidental - uma história concisa. São Paulo, Martins Fontes, 1981. p. 271)

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“Já fiz planos de pontes muito leves (...). Sou capaz de desviar a água dos fossos de um castelo cercado (...). Conheço meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir bombardas fáceis de serem deslocadas (...) galerias e passagens sinuosas que se podem escavar sem ruído nenhum (...) carros cobertos, estáveis, armados com canhões. Estou, sem dúvida, em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um sítio para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente podem suportar o confronto com qualquer outro, seja ele quem for.”

(Carta de Leonardo da Vinci a Ludovico Sforza, século XV)


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Galera, eu tive que editar e dar uma alterada na fonte. Mas não mudei o conteúdo. É texto pra caramba e se ficar meio bagunçado aí nas folhas de vocês, podem me dar esporro ._.


Eu ainda não imprimi o meu, não sei como vai ficar, mas espero que vocês gostem =D
Beijooos!
Boa sorte com toodos esses textos ¬¬'

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sugestões!

Pelo visto todo mundo ali tacou pedra nas cores do blogger, tadinho. Mas, pra ser sincera, eu também não gostei. Então, dêem sugestões de cores novas e eu direi se elas estão disponíveis aqui no quadro de cores ou não.

Por favor, não zoneiem o blog.

Galera, material de história ainda não chegou no nosso e-mail. Folhas de filosofia só serão achadas na xerox da direção mesmo. E é isso. Beijos! =)

terça-feira, 11 de março de 2008

Sites Relacionados.

Eu provavelmente, vou copiar o conteúdo desses sites e colocar aqui, pra ficar mais fácil e tudo junto num site só. Mas, mesmo assim, coloquei os links ali pra quem quiser ver as coisas de Música do Prof. Eduardo, ou os textos extras do Prof. José Antonio.


Beijos.


Ah, galera, pra comentar aqui não precisa ter BLOG, só precisa ter conta do Gmail. =D

Olá!

Bom, turma, a idéia desse blog é: registrar em um meio comum, informações que sejam necessárias ou apenas engraçadas (XD³) e referentes à turma. Todo mundo vai poder postar, é só falar comigo, que você cria um usuário aqui nessa budega e posta o que você bem entender (desde que não seja pornográfico e nem degradante).
O espaço será organizado por mim (Má) e pela outra representante (Bia) e nós esperamos fazer um bom trabalho pra vocês.
Como todo mundo vai ter a senha (é só me pedir), eu espero que vocês respeitem o blog e tal.


Ah, é.. façam aí nos comentários uma descriação da turma, no final eu editarei, e vou colocar ali no "Quem sou eu" da parada.

Ah, é [2] as cores do blog. Eu coloquei assim pq tava com preguiça mesmo. Mas, sugiram cores. Temos muitas aqui. Assim a gente entra em um acordo e faz um blog bonitinho.
Beeeeijos.